JORNAL DA ALTEROSA
Estudante esfaqueada presta depoimento
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A Justiça negou o pedido de prisão temporária para o estudante de medicina que confessou que esfaqueou uma colega de sala, em Belo Horizonte. Como ele não tem antecedentes criminais, se apresentou à polícia e confessou a agressão, o juiz considerou que não há motivos para o rapaz ficar preso.
Acompanhe o caso:
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A moça deve receber alta nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 23 de março, a delegada responsável pelo caso foi até o hospital para ouvir o depoimento dela.
O dia de ontem foi de visitas para Maria Luiza Costa Pinto. Segundo o boletim médico do hospital João XXIII, a jovem de 21 anos está se recuperando bem. A família considera um milagre depois de ela ser agredida com onze facadas. Um colega de sala apaixonado confessou o crime.
Victor Guilherme Carvalho Ribeiro, 22, se apresentou à polícia nesta terça-feira, mas continua em liberdade porque não foi preso em flagrante.
De dentro do hospital, Maria Luiza prestou depoimento. A delegada Daniele Aguiar contou que ela afirmou não ter tido a percepção de quem era o autor, mas que o pai viu nitidamente. Daniela disse também que a jovem contou que o colega de sala nunca tinha sido agressivo antes do crime, mas que ele demonstrava claramente um interesse possessivo por ela. Para a polícia, o caso não se enquadra na Lei Maria da Penha porque não houve relacionamento entre os dois.
A família do suspeito procurou os pais de Maria Luiza para pedir desculpas. Apesar de compreensivo, o pai da moça quer o colega de sala da filha bem longe dela: seja preso ou em tratamento.
Como caso é inédito na história da UFMG, o Departamento Jurídico da universidade ainda está analisando que medidas deve tomar contra o estudante.
24 de março de 2011
