JORNAL DA ALTEROSA

Prática ilegal: empresa de BH oferece consórcio de dinheiro em Juiz de Fora

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19 de junho de 2012 — Uma empresa de Belo Horizonte, com filial em Juiz de Fora, oferece um consórcio de dinheiro, modalidade proibida por lei. Uma das vítimas, a empresária Patrícia Welpel, conta que foi procurada em casa por um funcionário que lhe ofereceu o negócio. O homem explicou que ela teria que dar um pequeno lance em um consórcio para receber crédito de R$ 70 mil. A família de Patrícia investiu cerca de R$ 5 mil reais, mas não teve retorno.

Ela relata que as contas começaram a se acumular, e foi preciso vender alguns bens para suprir a falta do dinheiro. Depois de pagar três prestações e oferecer dois lances no consórcio, a empresária decidiu procurar os responsáveis pela negociação. “Fui informada de que dentro da empresa Multimarcas existe uma lista de excluídos”, ela afirma, mas duvida da resposta. Segundo Patrícia, houve uma ameaça velada por parte do atendimento da empresa. “Você tem família, tem filhos, mexeu com pessoas grandes”, teriam dito a ela

[FOTO2]O gerente da Multimarcas, Leandro Lopes, confirma que a empresa oferece a modalidade de consórcio, e garante que o negócio é totalmente legal. “A gente trabalha com carta de crédito desde que seja para comprar algum bem”, diz. Segundo ele, o cliente “pode sim pegar dinheiro, desde que coloque seu próprio imóvel em garantia”.

Apesar do posicionamento do funcionário da empresa, a prática é criminosa. “É vedado expressamente pelo Banco Central o consórcio de dinheiro”, explica o advogado Marco Antônio Brigoline. De acordo com o especialista, a negociação encaixa-se no crime de estelionato. Justamente pela ilegalidade da transação, o Procon não pode se envolver na reclamação. Um teste feito por uma produtora da Alterosa, em ligação telefônica, confirmou que a Multimarcas continua oferecendo o crédito imobiliário através de consórcio.

19 de junho de 2012

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