JORNAL DA ALTEROSA
Viciados poderão ser internados contra a vontade em Minas
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18 de maio de 2012 – Médicos do Estado poderão recomendar a internação de usuários de crack mesmo contra a vontade do viciado. A medida foi determinada pelo governo e passa a valer já no final deste mês.
"Ele está ficando cada dia pior por causa do crack que é devastador. Ele precisa de tratamento e não de algemas. Estou lutando para conseguir tratamento pra ele. Eu não tenho condição e o governo tem que ver isso". Esse é o desabafo da mãe de um jovem, de 29 anos, viciado em na pedra. Uma droga que mata aos poucos e tira o sossego da família dos usuários.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Defesa Social, em Minas Gerais são cerca de 340 mil dependentes. Atualmente, os viciados são encaminhados para tratamentos como terapia, atendimento ambulatorial e a permanência em comunidades e grupos de apoio. As internações acontecem apenas de forma voluntária, quando há o consentimento do usuário, ou por determinação da justiça, o que é um processo demorado.
A expectativa é de que a partir do fim deste mês, quando o governo começa a adotar mudanças na política de tratamento dos usuários, os casos possam ser resolvidos mais rapidamente. Pessoas que passam dia e noite nas cracolândias vão poder ser internadas involuntariamente.
A medida começa a vigorar cinco meses após o Ministério da Saúde defender esse tipo de tratamento quando o dependente químico corre risco de vida. Em Minas Gerais, as famílias das pessoas que precisam de ajuda vão ter que procurar as entidades credenciadas pela Subsecretaria de Políticas Sobre Drogas. Uma comissão formada por representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública e da sociedade vai definir se há necessidade de internação do usuário, com base em laudos médicos.Mas tudo isso esbarra em um problema sério – a falta de estrutura.
O subsecretário de Políticas Sobre Drogas, Cloves Benevides, fala que as vagas provavelmente não vão ser suficientes e que nem sempre a internação é o melhor tratamento para o viciado.
Segundo a Ong Defesa Social, o crack já entrou na vida de 5,87% da população de Belo Horizonte, quase 144 mil pessoas ou exatos 143.968. Cada usuário fuma uma média de cinco pedras por dia. Na região metropolitana, o consumo ultrapassa 482 milhões de pedras por ano. Para o presidente da Ong, Robert William, essa ação pode mudar o futuro dos usuários que têm um alto grau de dependência. Assista à reportagem:


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18 de maio de 2012