JORNAL DA ALTEROSA
Enchentes no Arrudas podem piorar
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Imagens feitas por um cinegrafista nesta segunda-feira mostram a água que sobe rapidamente formando ondas sobre as vigas do ribeirão Arrudas. Logo, o rio toma conta da rua e as marcas de que ele transbordou ainda estão à vista e na memória de quem vive às margens da Avenida Tereza Cistina.
Três anos depois de o Arrudas transbordar arrasando com a vida de moradores da região, as famílias estão apreensivas com mais uma temporada de chuva. Mesmo depois de tanto tempo, a preocupação continua a mesma.
A comerciante Dolores Malheiros ainda está apavorada. Ela chorou só de imaginar que tragédia do reveillon de 2009 pode se repetir. O ribeirão transbordou levando tudo que via pela frente; casas foram inundadas e pessoas arrastadas pela correnteza.
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O trecho do rio que ainda tem dado trabalho tem cerca de sete quilômetros. Ele começa na altura do bairro Coração Eucarístico, em Belo Horizonte, e vai até à divisa com Contagem. Especialistas afirmam que é preciso muito cuidado na hora de fazer uma obra nessa parte porque elas podem transferir o problema para o Centro da capital.
Segundo o ambientalista Apolo Heringer, como o rio ficou praticamente reto por causa da canalização, a água passou a descer com mais força e velocidade, e ela pode não encontrar vazão principalmente no encontro das avenidas do Contorno com Andradas. “Essa região é muito baixa e o rio faz uma curva de 90 graus, construída pelo homem. É um ponto de futuro conflito, entre a quantidade de água e o curso. A água vai ultrapassar esse limite e causar uma grande inundação na praça da Estação”, explica.
Ele afirmou que a situação ficou pior ainda com a construção do Boulevard Arrudas, que tem deixado o perigo escondido. “Quando chove muito, debaixo das ruas de BH passa um tsunami , uma energia violenta que ninguém segura”.
Ricardo Aroeira, engenheiro da Sudecap, rebate as críticas. “É uma visão catastrófica que não corresponde à realidade. Definitivamente a obra do Boulevard não agrava o risco de inundação ao londo do Arrudas”, afirma. Veja na reportagem:
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17 de novembro de 2011
