JORNAL DA ALTEROSA

Madof mineiro participa hoje de primeira audiência

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Quase um ano depois de vir à tona o que a Polícia Civil considera um dos maiores golpes financeiros de Minas, investidores que se dizem vítimas de esquema montado por Thales Maioline encaram nesta quarta-feira pela primeira vez o empresário. O encontro ocorrerá durante audiência de instrução do processo por estelionato aberto contra Maioline – acusado de dar prejuízo de R$ 100 milhões a 2 mil pessoas e apelidado de Madoff mineiro em referência ao megainvestidor americano condenado por fraude.

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Mas enquanto vítimas brigam para reaver o dinheiro aplicado, quase todos os funcionários da Firv, empresa de Maioline já conseguiram sentenças determinando o pagamento de indenizações trabalhistas. Juntos, agentes da Firv, que ajudaram Maioline a vender cotas de investimentos, devem conseguir algo em torno de R$ 2 milhões em indenizações, sem contar juros e correção monetária. Um dos ex-empregados pleiteia receber sozinho R$ 400 mil.

Entenda o caso

>> Sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários(CVM), Thales Maioline montou um sistema de pirâmide, pelo qual o rendimento dos novos investidores que entravam na base da pirâmide sustentavam o topo. Aos clientes, ele oferecia rendimento acima da média de mercado (5% ao mês mais bonificação semestral).

>> No ano passado, Thales começou a ter dificuldades em honrar compromissos. Em julho, ele foi declarado foragido. A Polícia Civil, então, abriu inquérito para apurar suspeita de estelionato contra Thales e seus sócios. As investigações indicaram que Thales pode ter dado prejuízo da ordem de R$ 100 milhões a mais de dois mil investidores.

>> Maioline foi apelidado de “Madoff mineiro” por causa da semelhança com o esquema montado pelo investidor americano Bernard Madoff, condenado por fraude milionária em Wall Street. Depois de meses foragido, o empresário mineiro se entregou à polícia em dezembro, um dia depois de conceder entrevista ao Estado de Minas avisando que se apresentaria.

>> Em março deste ano, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Maioline e mais três sócios por formação de quadrilha, estelionato e falsificação de documentos. A Justiça acatou a denúncia e transformou os quatro em réus.

22 de junho de 2011

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