JORNAL DA ALTEROSA
Moradores de rua lotam praça em Venda Nova
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10 de julho de 2012 – Lojistas e moradores de Venda Nova, em Belo Horizonte, estão preocupados com a quantidade de mendigos que passaram a viver em uma praça na região comercial do bairro. Eles reclamam de furtos, arrombamentos e da sujeira provocada pelos moradores de rua.
Assentados ou deitados nos canteiros, jogando conversa fora, perambulando pela praça e até mesmo aproveitando para ganhar uns trocados tomando conta de carros estacionados, eles passam o dia todo por lá. O local tem colchonetes, cadeiras, um fogão improvisado, prateleira com alimentos e até mesmo um cachorro de estimação, como se fosse uma casa a céu aberto.
Um dos moradores é Marcos Paulo, 38 anos, que contou ter perdido emprego e família por conta da dependência do álcool e, há oito anos, vive lá, com pelo menos outras vinte pessoas.
Leandro Neves Lara também diz morar no local desde que veio de Governador Valadares em busca de emprego. Aos 28 anos, ele já tem passagem por furto, mas diz viver em paz com os companheiros de praça que, segundo ele, dividem tudo. Tranquilos, eles conhecem todo mundo, da fiscal da BHTrans até os militares da base comunitária da praça, que fica bem em frente à Regional Venda Nova.
Só que nem todos estão satisfeitos com os novos vizinhos, principalmente os comerciantes do entorno. A população que transita pela praça também se diz incomodada.
A Polícia Militar (PM) afirma que o número de pessoas na região aumentou, como se a população de rua estivesse migrando do hipercentro para os bairros. Ainda de acordo com a PM, está sendo feito, junto com a prefeitura da capital, um levantamento desses moradores e até mesmo tentativas de que eles voltem para suas casa. O problema é que nem todos querem isso. Portanto, o comandante responsável pelo local, Major Westyerley, afirma que o que resta aos militares é manter o local policiado.
De acordo com a prefeitura, os moradores de rua são abordados por técnicos e encaminhados para os albergues, repúblicas e abrigos da cidade, mas muitos não se adaptam e acabam retornando para as ruas. As abordagens devem ser solicitadas pelo 156. Veja na reportagem:


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10 de julho de 2012