JORNAL DA ALTEROSA

PM conclui inquérito sobre mortes na Serra

A PM concluiu o inquérito sobre a morte de dois moradores no Aglomerado da Serra, em fevereiro. Doze policiais do Batalhão de Rondas Táticas, a Rotam, foram indiciados. Oito deles continuam trabalhando normalmente.

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Apenas os quatro que estavam juntos, na hora do crime, foram presos. O cabo Fábio de Oliveira foi encontrado morto, na cela, e teve as possíveis penas extintas. O soldado Adelmo Felipe, que dirigia a viatura, vai responder por prevaricação. Já os soldados, Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa foram indiciados pelos homicídios. Jason também responde por falsidade ideológica.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Duval Ângelo, esteve em uma reunião do Colegiado de Corregedorias e diz que já está provado que Jason forjou a cena do crime. O soldado teria usado duas fardas dele para simular que os mortos estavam disfarçados de policiais.

De acordo com o deputado, os três soldados e o cabo Fábio estavam destacados para trabalhar na Pampulha e já caiu por terra a afirmação de que eles receberam um chamado para ir ao Aglomerado.

Os outros oito militares indiciados não participaram diretamente da ação, mas vão responder por prevaricação, porque teriam contribuído para montar um esquema que justificasse as mortes. Dois respondem ainda por falsidade ideológica.

O auxiliar de enfermagem Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e o sobrinho dele, Jefferson Coelho da Silva, de 17, foram mortos no dia 19 de fevereiro. Moradores dizem que os policiais extorquiam traficantes e atingiram inocentes em uma troca de
tiros.

O juiz responsável pelo inquérito vai encaminhar o processo ao Ministério Público Estadual Militar, que tem cinco dias para oferecer a denúncia. Ainda não há prazo para que o inquérito da Polícia Civil seja concluído.

16 de março de 2011

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